domingo, 4 de novembro de 2012

Secos & Molhados - Dois volumes


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Secos & Molhados foi um grupo vocal brasileiro da década de 1970 cuja formação clássica consistia de João Ricardo (vocais,violão e harmônica), Ney Matogrosso (vocais) e Gérson Conrad (vocais e violão). João havia criado o nome da banda sozinho em 1970 até juntar-se com as diferentes formações nos anos seguintes e prosseguir igualmente sozinho com o álbum Memória Velha(2000).
No começo, as apresentações ousadas, acrescidas de um figurino e uma maquiagem extravagantes, fizeram a banda ganhar imensa notoriedade e reconhecimento, sobretudo por canções como "O Vira", "Sangue Latino", "Assim Assado", "Rosa de Hiroshima", que misturam danças e canções do folclore português como o Vira com críticas à Ditadura Militar e a poesia deCassiano RicardoVinícius de MoraesOswald de AndradeFernando Pessoa, e João Apolinário, pai de João Ricardo, com umrock pesado inédito no país, o que a fez se tornar um dos maiores fenômenos musicais do Brasil da época e um dos mais aclamados pela crítica nos dias de hoje.
Seu álbum de estréia, Secos e Molhados I (1973), foi possível graças à tais performances que despertaram interesse nas gravadoras, e projetou o grupo no cenário nacional, vendendo mais de 700 mil cópias no país. Desentendimentos financeiros fizeram essa formação se desintegrar em 1974, ano do Secos e Molhados II, embora João Ricardo tenha prosseguido com a marca em Secos & Molhados III (1978), Secos e Molhados IV (1980), A Volta do Gato Preto (1988), Teatro? (1999) e Memória Velha (2000), enquanto Gérson continuou a tocar sozinho. Do grupo, Ney Matogrosso é o mais bem-sucedido em sua carreira solo, e continua ativo desde Água do Céu Pássaro (1975).
Os Secos & Molhados estão inscritos em uma categoria privilegiada entre as bandas e músicos que levaram o Brasil da bossa nova à Tropicália e então para o rock brasileiro, um estilo que só floresceu expressivamente nos anos 80. Seus dois álbuns de estréia incorporaram elementos novos à MPB, que vai desde a poesia e o glam rock ao rock progressivo, servindo como fundamental referência para uma geração de bandas underground que não aceitavam a MPB como expressão. O grupo continua a ganhar atenção das novas gerações: em 2007, a Rolling Stone Brasil posicionou o primeiro LP em quinto lugar na sua lista dos 100 maiores discos da música brasileira e em 2008 a Los 250: Essential Albums of All Time Latin Alternative - Rock Iberoamericano o colocou na 97ª posição.

Credus - Ao Vivo




Grupo de rock criado em 1985 no Rio em torno da figura do baixista Arnaldo Brandão, que já havia integrado as bandas Brylho, A Bolha, Blitz e conjuntos de Raul Seixas, Jorge Mautner, Luiz Melodia, Gal Costa e Caetano Veloso.Em 1995 o CD "Credus" reuniu gravações ao vivo de uma turnê de 1993.

Fonte: http://rockdacasa.blogspot.com.br/2012/07/hanoi-hanoi-credus-ao-vivo-1995.html

Quadrafônico








Quadrafônico

1972 | Copacabana

Em 1972, Geraldo e eu chegamos ao Rio, cada um com sua bagagem musical. Assinamos com a Copacabana e fomos gravar em SP, onde ficavam os estúdios. O produtor, Cesare Bienvenuti, cedeu o próprio apartamento para que tivéssemos um pouso. Os arranjos seriam de Hermeto Paschoal, mas acabaram a cargo de Rogério Duprat. Geraldo e eu selecionamos as músicas e fizemos “Talismã, “78 rotações”, “Virgem Virgínia”. Eram poucas as horas de estúdio e gravávamos de madrugada, escondidos. Foi utilizado o sistema quadrafônico, uma novidade para a época.
  1.  Me Dá um Beijo
  2.  Virgem Virgínia
  3.  Mister Mistério
  4.  Novena
  5.  Cordão do Rio Preto
  6.  Planetário
  7.  Seis Horas
  8.  Erosão
  9.  78 Rotações
  10.  Talismã
  11.  Ciranda de Mãe Nina
  12.  Horrível

Ficha Técnica

Produtor Fonográfico: Som – Industria E Comércio S.A.
Coordenador de Produção: Cesare Benvenuti
Supervisão Musical: Leo Perachi
Assistentes de Produção: Carlos Fernando e Daniel Taubkin
Orquestrador e Regente: Rogério Duprat
Técnicos de Gravação: Ariovaldo Dos Santos (Índio), Milton Rodrigues e Rogério Décio Gauss Jr.
Técnico de Corte: Rogério Décio Gauss Jr.
Gravação: Estúdios Reunidos Ltda, São Paulo
Capa: Ciro Ney
Violão: Geraldo e Alceu
Piano e Órgão: Alexandre Pascoal Geto
Baixo: Gabriel Bahlis
Bateria e Percussão: Zequinha
Viola Caipira e Cavaquinho: Messias
Participação Especial: Luiz Carlos Assaf

Fonte: http://www.alceuvalenca.com.br/musica/?CodAlbum=1

    Antologia Anos 70


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    Antologia reúne os músicos que viveram os loucos anos 70 em Pernambuco sob influência do lema sexo, drogas e rock’n’roll, de Woodstock e dos Beatles

    Em 2003, o disco que é considerado o marco da música pop pernambucana – Satwa (1973) – completou três décadas de existência e a data passou em branco. Ou quase. Há mais de um ano estava sendo produzido A Turma do Beco do Barato (Projeto Antologia 70), álbum que reúne os autores de Satwa e todos os adeptos da geração pós-Woodstock no Estado, e que só agora sai do forno. O primeiro evento de lançamento – uma audição na loja Passa Disco (Shopping Parnamirim) – ocorre amanhã, a partir das 19h.

    O nome do novo álbum é inspirado num espaço paralelo à Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife, onde os bichos-grilo da cidade se reuniam para trocar idéias literárias, poéticas e, sobretudo, musicais, no anos 70. Comumente, para as gerações mais novas, é comparado ao que significou o bar Soparia (Pina) na década de 90.

    No Beco do Barato freqüentavam Lailson & Lula Cortes, os autores de Satwa (que tem ainda participação do guitarrista Robertinho do Recife), Lailson que, por sua vez, cantava na banda Phetus, com Zé da Flauta e Paulo Rafael, estes dois que integravam a Ave Sangria, ao lado de Marco Polo (voz), Ivinho (guitarra), Almir de Oliveira (violão), Israel Semente (bateria) e Dicinho (baixo), único grupo a registrar seu trabalho por uma grande gravadora (a Continental), em disco que teve ainda a participação do percussionista Agrício Noya.

    Apesar de não haver caracterizado um movimento, a geração 70 formava uma cadeia representativa que conseguiu dar o pontapé inicial da cena pop do Recife. Porém, tudo sempre de uma forma muito difícil, como lembra hoje Lula Côrtes. Por isso, hoje há tão poucos registros sonoros, imagens, quase nenhuma.

    A Turma do Beco do Barato, projeto idealizado por Humberto Felipe, fã da Ave Sangria, acabou sendo a oportunidade de vários artistas registrarem algumas de suas composições pela primeira vez, após cerca de 30 anos. É o caso da Phetus, que finalmente gravou duas de suas canções até hoje inéditas em disco. E mesmo da Ave, que acabou em 1975 – quando já contava com repertório para um segundo LP – e contribui no CD com nada menos do que nove composições, apenas duas delas regravações. Os outros dois temas são de autoria de Lula Côrtes.

    “Toda essa história ficou meio esquecida”, diz Humberto, explicando o porquê da realização do CD. “Tanto de gente de hoje quanto de quem viveu a época e não estava antenado.” Admirador da Ave Sangria, conta que, no início, pensou no trabalho como uma homenagem ao grupo com a participação de convidados. “Ao invés de ficar limitado a um nome, resolvi ampliar, não usar o nome Ave Sangria, mas pegar o mais representativo e fazer a Antologia 70”, resume.


    Reencontro histórico de uma geração
    O resultado de A Turma do Beco do Barato (Antologia 70), ao que tudo indica, agradou a todos os envolvidos, que destacam a emoção de poder reviver um pouco daquilo que vivenciaram com tamanha intensidade três décadas atrás. “Me senti criança na hora da gravação. Perdemos o juízo”, diz Zé da Flauta que, além de reviver seus momentos tocando com Phetus, Ave Sangria e Lula Côrtes, assina a direção musical do trabalho.

    Entre os momentos mais emocionantes, o flautista destaca a forma como o guitarrista Ivinho – que viveu ao longo desses anos sérios problemas pessoais – recordava as músicas feitas há mais de 30 anos. “Ele lembrava nos mínimos detalhes dos arranjos da Ave Sangria e da minha banda, a Phetus. Não só lembrava como tocava”, afirma. “Também foi muito bom reviver as conversas durante as gravações.” Da Phetus foram gravadas as inéditas Vacas roxas e Anjos de bronze, ambas com a voz de Lailson e a guitarra de Paulo Rafael, além de convidados.

    Lula Côrtes ressalta a importância de as músicas haverem sido compostas sob “as nuvens de chumbo da repressão”, como define a época da ditadura. “Achei superlegal, uma iniciativa 10. É necessária e foi feita na hora certa.” Lula optou por regravar As estradas (presente no CD que gravou com a Má Companhia, cujos alguns integrantes participam nestas releituras) e Dos inimigos, do LP O Gosto Novo da Vida (1981).

    Até o reservado Marco Polo que, depois da experiência à frente da Ave Sangria, investiu em sua carreira como jornalista e escritor, considera o trabalho muito gratificante. “Foi legal, estimulante. Apesar de, em mim, ter deixado a nítida sensação de que não sou saudosista. Meu negócio é o presente”, afirma.

    Marco, que assina seis canções e canta com Humberto Felipe o tema Boi ruache, do falecido Israel Semente, revela que procurou manter a sonoridade dos anos 70. “Guitarras, guitarras...”, define. As outras duas músicas da Ave são interpretadas pelo autor, Almir de Oliveira.


    Fonte: http://pernambuconapressao.blogspot.com.br/2011/07/turma-do-beco-do-barato-antologia-70.html